segunda-feira, 23 de abril de 2018

Endometriose atinge quase 200 milhões de mulheres em todo o mundo

A endometriose – doença inflamatória crônica que acomete o sistema reprodutor feminino – tem sido cada vez mais comentada. Atualmente a doença atinge cerca de 180 milhões de mulheres em todo o mundo. Embora nos últimos anos a enfermidade seja mais divulgada, o diagnóstico tardio ainda é muito comum.
Esse foi o assunto do Mulher em Destaque desta segunda-feira (23). O ginecologista do Hospital Geral de Goiânia, Corival Castro, explicou como é a doença, seus sintomas e tratamentos. Segundo ele, a doença é facilmente confundida com a cólica menstrual.
“É uma doença que se diz silenciosa, porque o diagnostico é retardado por muitos anos. Então na verdade, ela é uma doença que se manifesta clinicamente, por dor, essa mulher ao longo dos anos fica peregrinando essa queixa, muitas vezes ouvindo que é uma dor normal, uma dor de cólica e com isso vai se retardando o diagnóstico”.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

O sexo durante o tratamento do câncer

Um dos problemas enfrentados pelo paciente em tratamento do câncer é a falta do desejo sexual. É bastante cansativo ter que ir e vir do hospital, enfrentar os efeitos colaterais dos medicamentos e as mudanças físicas que a quimioterapia pode trazer, como a perda dos cabelos, por exemplo. Em meio a tudo isso, a libido realmente acaba ficando abalada, e a vida a dois começa a ficar de lado.  
Neste momento, a cumplicidade e intimidade fará toda a diferença. Ser sincero com relação aos sentimentos e sensações com certeza ajudará no entendimento da situação, e facilitará que ambos passem, juntos, por este momento difícil. É importante ter em mente que o desejo sexual irá retornar com a estabilidade da doença.
Conversar com o médico sobre tais dificuldades é fundamental. A busca por um psicólogo também pode ser uma excelente opção, pois facilitará o entendimento de todo este processo.

Dicas:
  Durante o tratamento, é possível que o paciente sinta dores e/ou incomodo no momento do sexo. Testar diferentes posições pode tornar o momento mais íntimo e agradável.
  A falta de libido e o tratamento pode causar secura na região da vagina, o que também torna o sexo menor prazeroso. Os lubrificantes podem ajudar bastante. Converse com seu médico e veja qual o mais indicado.
• Como muito se fala por aí, as preliminares muitas vezes são consideradas até melhores que o ato sexual em si. Então abuse dos carinhos, faça uma boa massagem. Curta e se entregue neste momento a dois.
  Não se preocupe tanto com o orgasmo. Essa pressão atrapalha o desempenho e prazer.
  A comunicação é um dos principais fatores para que essa situação incomoda vá embora de uma vez. Se abrir com seu parceiro ou com alguém muito próximo, seja um familiar ou amigo, poderá te trazer a segurança e conforto necessários.
  O sexo definitivamente está liberado durante o tratamento. Mas é muito importante se cuidar e usar métodos contraceptivos, como a camisinha ou anticoncepcionais. Veja com o especialista qual a melhor opção para você.

Exame do toque retal

O que é Toque Retal?
O toque retal é um exame em que o profissional de saúde introduz o dedo no reto através do ânus. É um exame que faz parte do exame físico.

Qual é o objetivo do exame?
É utilizado para avaliar o tônus do esfíncter, a membrana mucosa do reto, sangramentos, a aparência e consistência das fezes sobre a luva. Na mulher é usado para auxiliar o exame do útero e anexos e nos homens o da próstata.

Como é realizado?
Uma das técnicas utilizadas, o paciente se posiciona lateralmente, com os joelhos dobrados de frente para o examinador. Para o exame é utilizado luva e um lubrificante como vaselina.

Existe efeitos colaterais? Quais?
Não há.

Qual é a idade e periodicidade recomendada?
Depende da indicação do exame.

Problemas emocionais e psicológicos, como depressão por exemplo, podem causar câncer?

Não há comprovação de que problemas emocionais e psicológicos sejam a causa de câncer, mas há estudos que mostram que são capazes de causar a diminuição do funcionamento do sistema imunológico, expondo a pessoa a maior risco de desenvolver algumas doenças.

Má saúde bucal pode causar câncer?

A má saúde bucal permite o aparecimento de diferentes doenças, inclusive o câncer. Por isso é importante visitar um dentista uma vez ao ano para um exame de rotina e procurar o especialista quando observar qualquer alteração, principalmente feridas que não cicatrizam nos lábios, garganta, língua, assoalho da boca, gengivas e mucosa bucal. O risco de desenvolver câncer nestas regiões são maiores em fumantes e/ou etilistas.

Micro-ondas pode causar câncer?

O micro-ondas não tem a capacidade de transformar os alimentos nele aquecidos ou cozidos em alimentos radioativos. Além disso, o campo eletromagnético produzido quando o aparelho está em uso é insuficiente para causar alterações nos genes das células. Portanto, não existe relação comprovada do eletrodoméstico com câncer.

Bebida alcoólica pode causar câncer?

Há pesquisas que comprovam o surgimento de certos tipos de câncer provocados pelo consumo de bebidas alcoólicas, mesmo quando consumidas moderadamente. Pode estar associado com o desenvolvimento de câncer de boca, faringe, laringe, esôfago e fígado.

A má alimentação pode causar câncer?

Ter uma boa alimentação é uma das maneiras de se prevenir determinados tipos de cânceres. Uma dieta rica em gordura, pobre em verduras, frutas, legumes e fibras são fatores de risco para o aparecimento de câncer, principalmente de intestino.

Falar muito no celular pode causar câncer?

Inúmeras pesquisas foram desenvolvidas buscando verificar a relação entre a utilização do telefone celular e o desenvolvimento de câncer, principalmente o cerebral. Atualmente, a radiação emitida pelos telefones celulares é classificada como possivelmente cancerígena para os seres humanos e portanto, o uso deste equipamento deve ser moderado.

Roupas muito apertadas podem causar câncer?

Ocorreu esta dúvida entre muitas mulheres, porém, este mito surgiu devido ao desenvolvimento de algumas infecções genitais provocadas pelo uso de calças apertadas, que aumentam a temperatura do local e dificultam a transpiração favorecendo a proliferação de alguns microrganismos. Mas eles não tem relação com o câncer.

Alguns tipos de desodorantes podem causar câncer?

A associação entre o uso de desodorante e o desenvolvimento de câncer ainda é um questionamento feito por muitas pessoas. Até o momento, não há evidência científica que comprove este indício.

Adoçantes podem causar câncer?

Embora tenha se falado muito sobre esta possibilidade, estudos mostraram que não há associação comprovada entre o consumo de adoçante e câncer.

A pílula anticoncepcional pode causar câncer?

Ainda há muitas dúvidas sobre a associação da pílula anticoncepcional e o câncer, principalmente de mama. Porém, até o momento, os estudos não demonstram aumento de risco de câncer de mama e colo uterino com o uso. Existem evidências apontando para uma possível proteção com o uso no caso dos cânceres de ovário, endométrio e colorretal.

O tabagismo pode causar câncer ?

O tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável no mundo porque causa inúmeras doenças, inclusive o câncer. Pode estar associado ao aparecimento do câncer de pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, bexiga, colo de útero entre outros.

Anemia pode se tornar leucemia?

A leucemia pode causar anemia, mas a anemia não se torna leucemia. Ambas são doenças hematológicas (no sangue), mas diferentes. A anemia é a diminuição do nível de hemoglobina no sangue e a leucemia é uma doença que se inicia na medula óssea, local responsável pela produção das células do sangue.

Homem pode ter Câncer de mama ?

O câncer de mama masculino representa cerca de 1% de todos os cânceres nos homens. Portanto, apesar da incidência ser bem menor e se tratar de uma doença rara, os homens podem ter câncer de mama.

Mulheres após a menopausa podem ter câncer de mama?

A maior incidência de câncer de mama, acontece após a idade média da menopausa, ou seja, dos 50 aos 69 anos de idade. Por isso é recomendável fazer a mamografia regularmente dentro desta faixa etária.

Como é a cirurgia do Câncer ?

O que é cirurgia?
 Cirurgia é um tipo de tratamento em medicina que consiste em realizar operações no corpo do paciente em ambiente adequado e com material e equipe também adequados. É o principal tratamento para o câncer. Quando indicada, sua finalidade é remover o tumor cancerígeno em sua totalidade com intenção de que não volte mais. Deve ser realizada sempre sob anestesia que poderá ser local, na espinha (raqui) ou geral.
Quando e para quem é indicada? 
 No caso do câncer é indicada para alguns tipos de tumor, em especial, nos tumores iniciais ou naqueles que não respondam a outros tratamentos como radioterapia ou quimioterapia. Geralmente é recomendada para os pacientes nas seguintes condições: saudáveis, com poucas doenças ou que ao menos estas doenças estejam controladas (pressão alta, diabetes, problemas do coração ou dos rins, dentre outras).
Quais são os cuidados necessários durante o tratamento?
 Manter uma alimentação adequada; repouso; obedecer às medicações orientadas pelo médico; não fumar ou beber; e manter a higiene e limpeza das feridas cirúrgicas com curativos adequados, são essenciais para uma rápida cicatrização e boa recuperação.

Quais são os efeitos colaterais?
 Dependerá do tipo de cirurgia realizada e do órgão operado. Em geral, um sintoma comum a todas as cirurgias é a dor do pós-operatório, geralmente na região operada e nas cicatrizes. Outros sintomas podem ser: falta de apetite, dor para caminhar ou fazer esforço, alteração do hábito intestinal, pneumonia, febre, perda de peso, infecção das feridas (quando houver), infecção dos pulmões e trombose nas veias da perna. 
Como amenizar os efeitos colaterais?
 Seguir adequadamente as orientações médicas, limpeza das feridas, curativos adequados, alimentação adequada, uso de antibióticos quando indicado, uso de remédios para combate à dor, não fumar, não beber, repouso, hidratar-se, fisioterapia em algumas situações e manter interação social com a família e amigos é essencial para prevenir problemas e se restabelecer rapidamente.

Existem transporte e estadia gratuitos para doentes obrigados a se tratar fora do domicílio?

O pagamento de deslocamento e estadia para tratamentos fora do domicílio (TFD), no âmbito do SUS, está sob a responsabilidade dos gestores municipais e estaduais do Sistema Único de Saúde, que são as respectivas secretarias de saúde.
O Ministério da Saúde provê recursos, de forma programada e limitada a um determinado orçamento, para que os gestores executem estes pagamentos.Vale ressaltar que o pagamento das despesas relativas ao deslocamento em TFD só será permitido quando esgotados todos os meios de tratamento no próprio município.
Para solicitar este benefício os doentes devem entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de onde residem.

O que fazer quando o Plano de Saúde não paga os medicamentos necessários para o tratamento do câncer?

Muitas operadoras de planos de saúde recusam-se a dar cobertura ao fornecimento de medicamentos para uso oral no domicílio, só cobrindo aqueles medicamentos que são efetivamente administrados na clínica ou hospital. A indústria farmacêutica vem disponibilizando cada vez mais quimioterápicos e hormonioterápicos de administração oral, de uso contínuo e prolongado, sendo que muitos são drogas inovadoras, de preço extremamente alto.
Assim, doentes que têm seus tratamentos de câncer custeados por operadoras de planos de saúde, ao receberem uma prescrição de medicamento de tomada oral, de alto custo, vêem-se impossibilitados de arcar com o tratamento e buscam obter estes medicamentos por financiamento público.
Nestes casos, para obter os medicamentos, estes doentes devem ser admitidos para tratamento integral em Estabelecimento de Saúde do SUS. Sendo o Sistema Único de Saúde público e de acesso universal, o atendimento aos doentes independe destes serem beneficiários de planos de saúde ou não. Porém, existem normas no SUS que devem ser observadas, como a Integralidade e a Igualdade da assistência à saúde (já explicadas acima). Isto significa que estes estabelecimentos, de modo nenhum, podem funcionar unicamente como unidades de entrega de medicamentos do SUS. Eles devem acolher os doentes e prestar a estes todos os cuidados dos quais venham necessitar.
Se desejar ser atendido em um Estabelecimento de Saúde do SUS o doente deve procurar a Secretaria Municipal ou Estadual de Saúde, do local onde reside para ser encaminhado. Se um medicamento prescrito para o tratamento do câncer ou suas conseqüências, por qualquer razão, não puder ser obtido, o médico assistente sempre deverá ser informado para que possa indicar outra modalidade terapêutica, se possível.

De que modo o governo garante medicamentos para o tratamento do câncer gratuitamente?


Até 1998, havia fornecimento em farmácias do SUS (em geral, de Secretarias Estaduais de Saúde) de alguns medicamentos para tratamento de câncer, principalmente hormonioterápicos e imunobiológicos antineoplásicos de uso contínuo, bastando que a pessoa apresentasse uma receita e um relatório de algum médico, de consultório particular ou de hospital público ou privado.

Visando ao cumprimento dos Princípios e Diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS, estabelecidos no Artigo 7 da Lei Federal 8080, de 19 de setembro de 1990, as normas vigentes do Ministério da Saúde estabelecem que todos os medicamentos para o tratamento do câncer (inclusive aqueles de uso oral) devem ser fornecidos pelo Estabelecimento de Saúde (clínica ou hospital) público ou privado, cadastrado no SUS para atendimento deste tipo de doença e somente para os pacientes que estiverem recebendo o seu tratamento no próprio Estabelecimento.
Nesta questão, foram considerados os seguintes princípios:
1-Integralidade, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.
Atendimento integral significa proporcionar ao doente todos os cuidados de que necessita para a cura ou o controle da doença inclusive, cuidados paliativos, que visam a dar melhores condições de vida aos doentes que não puderem ser curados e reabilitação para a reintegração social daqueles que ficam com seqüelas da doença ou do tratamento.
A integralidade é fundamental na oncologia também porque a grande maioria dos tipos de câncer só pode ser tratada, de modo resolutivo, com variadas modalidades de tratamento, sucessivas e complementares, que compõem protocolos. Assim, por exemplo, para que a cirurgia planejada para determinado tipo de câncer tenha êxito em curar, pode ser necessário que seja precedida de tratamento com medicamentos quimioterápicos e sucedida com radioterapia e outros medicamentos anti-tumorais, isto tudo em períodos rigorosamente programados.
Portanto, em termos de uso racional do dinheiro público, não há sentido distribuir medicamentos de forma descontrolada, sem a garantia de que o doente terá acesso às outras modalidades de tratamento de que necessita, dentro de protocolos de eficácia reconhecida cientificamente.
2- Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. Isto significa que o SUS deve fornecer condições de assistência idênticas a todos os cidadãos. Assim, as regras de acesso aos tratamentos (como por exemplo estar em tratamento em um hospital ligado ao SUS para obter medicamentos) devem valer para todos os doentes, mesmo para aqueles que se servem de operadoras de planos de saúde para custear parte de seu tratamento.
Assim, os Estabelecimentos de Saúde deverão prestar toda a assistência necessária ao doente, inclusive o fornecimento de medicamentos (mesmo aqueles de tomada oral, em casa). Posteriormente, o Ministério da Saúde fará ao Estabelecimento, o ressarcimento financeiro pelos serviços prestados.
Este ressarcimento irá incluir, além do valor dos medicamentos quimioterápicos e hormonioterápicos, conforme necessário, também os valores: da consulta médica; dos medicamentos utilizados em concomitância à quimioterapia, como aqueles para náuseas e vômitos, para dor, para proteção do trato digestivo e outros usados em eventuais complicações, das soluções em geral (soros); dos materiais hospitalares, dos materiais de escritório, do uso de equipamentos especiais, da limpeza e da manutenção da unidade.
A indicação de uso de um medicamento antineoplásico é sempre de competência do médico assistente do doente, de acordo com protocolos de tratamento fundamentados em evidências científicas e adotados na instituição onde este médico atua. O tratamento escolhido dependerá de fatores específicos de cada caso, tais como: a evolução da doença, os tratamentos já realizados e as condições clínicas do doente.
Em resumo, são esses os passos necessários para um paciente obter medicamento para câncer no SUS:
1- O paciente é atendido por médico em hospital ou clínica isolada de quimioterapia cadastrado no SUS para atendimento de pacientes com câncer.
2- O médico avalia e prescreve o tratamento indicado, conforme as condutas adotadas nesse hospital ou clínica.
3- O paciente é submetido ao tratamento indicado, inclusive recebe do hospital ou clínica os quimioterápicos que irá tomar em casa, por via oral.
4- O médico preenche o laudo de solicitação de autorização para cobrança do procedimento no SUS e o encaminha ao gestor local, que pode ser uma secretaria municipal ou estadual de saúde.
5- O gestor autoriza a cobrança conforme as normas vigentes do Ministério da Saúde e fornece ao hospital ou clínica um número de APAC.
6- O hospital ou clínica cobra do SUS no final do mês o valor mensal do respectivo tratamento.
7- O SUS paga ao hospital ou clínica o valor tabelado relativo ao procedimento.

Quais as normas para quem tem plano de saúde?

O tratamento oferecido pelos planos de saúde obedece a legislação própria, da chamada Saúde Suplementar, que é de caráter geral, sem conteúdo específico para os  tratamentos de câncer.
Os planos constituídos após a vigência da Lei nº 9.656/98 têm os procedimentos para tratamento de câncer relacionados em um Rol de Procedimentos publicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Para os planos constituídos antes de 2 de janeiro de 1999 e ainda vigentes, a cobertura a ser garantida é a que consta das cláusulas contratuais acordadas entre as partes.
Respostas às dúvidas em relação à cobertura de tratamento por planos de saúde, podem ser obtidas consultando-se a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS   ou pelo Disque ANS: 0800 701 9656 .

Quem tem direito ao tratamento do câncer pelo SUS?

A atenção à saúde no Brasil é de acesso universal, isto é, todo cidadão tem direito a atendimento gratuito. Por isso, o Ministério da Saúde garante o atendimento integral a qualquer doente com câncer, por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS.
Atendimento integral significa proporcionar ao doente todos os cuidados de que necessita para a cura ou o controle da doença inclusive, as medidas de suporte para os tratamentos, cuidados paliativos, que visam a dar melhores condições de vida aos doentes que não puderem ser curados e reabilitação para a reintegração social daqueles que ficam com seqüelas da doença ou do tratamento.
integralidade é fundamental na oncologia também porque a grande maioria dos tipos de câncer só pode ser tratada, de modo resolutivo, com variadas modalidades de tratamento, sucessivas e complementares, que compõem protocolos. Assim, por exemplo, para que a cirurgia planejada para determinado tipo de câncer tenha êxito em curar, pode ser necessário que seja precedida de tratamento com medicamentos quimioterápicos e sucedida com radioterapia e outros medicamentos anti-tumorais, isto tudo em períodos rigorosamente programados.

Quem está sob risco de desenvolver câncer?

Qualquer pessoa. Como a ocorrência do câncer aumenta com a idade, a maioria dos casos acontece entre adultos de meia idade ou mais velhos. O risco relativo mede a relação existente entre os fatores de risco e o câncer. Ele compara o risco de um câncer se desenvolver em pessoas com determinada exposição ou característica ao risco observado naquelas pessoas sem essa exposição ou característica. Por exemplo, os fumantes têm um risco relativo 10 vezes maior de desenvolver câncer de pulmão quando comparados aos não fumantes. A maioria dos riscos relativos não apresentam essa dimensão. Por exemplo, as mulheres com uma história familiar em primeiro grau de câncer de mama (ocorrência da doença em mãe, irmã ou filha) têm cerca de duas vezes mais risco de desenvolver câncer de mama, quando comparadas às mulheres que não apresentam essa história familiar.

Como é o tratamento do câncer?

O tratamento do câncer pode ser feito pela cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, utilizadas de forma isolada ou combinada, dependendo do tipo celular do órgão de origem e do grau de invasão do tumor.

Quais são os progressos na prevenção do câncer?

Os efeitos da prevenção primária, como a redução da prevalência do tabagismo, já podem ser observados na população masculina norte-americana, enquanto no Brasil os esforços são contínuos para se aumentar a adesão aos programas de controle do tabagismo. As novas estratégias que ajudam os fumantes a abandonar o cigarro, como o uso dos adesivos de reposição de nicotina e as terapias de apoio psicológico, já vêm apontando para resultados favoráveis em diferentes estudos científicos. No que diz respeito à prevenção, o exame de Papanicolaou e a mamografia, respectivamente, na detecção do câncer do colo do útero e de mama, diferentes estudos científicos têm mostrado sua utilidade no diagnóstico precoce desses cânceres, embora o impacto da mamografia, sobre a mortalidade por câncer de mama ainda seja objeto de investigações.

O câncer pode ser prevenido?

Os cânceres causados pelo tabagismo e pelo uso de bebida alcóolica podem ser prevenidos em sua totalidade. A Sociedade Americana de Cancerologia estimou para 1998 cerca de 175.000 mortes por câncer causadas pelo uso do tabaco e um adicional de 19.000 mortes relacionadas ao uso excessivo de álcool, freqüentemente em associação com o uso do tabaco. Muitos cânceres que estão relacionados à dieta também podem ser prevenidos. Evidências científicas sugerem que aproximadamente um terço das mortes por câncer estão relacionadas a neoplasias malignas causadas por fatores dietéticos. Além disso, muitos cânceres de pele podem ser prevenidos pela proteção contra os raios solares. Exames específicos, conduzidos regularmente por profissionais da saúde podem detetectar o câncer de mama, cólon, reto, colo de útero, próstata, testículo, língua, boca e pele em estádios iniciais, quando o tratamento é mais facilmente bem sucedido. Auto-exames de mama e pele podem também resultar no diagnóstico precoce de tumores nessas localizações.
A maioria dos cânceres são causados por fatores externos, que podem estar associados ao estilo e hábitos de vida. Dentre esses fatores, podemos citar a bebida alcoólica, tabagismo e a exposição solar. Como fatores de proteção, vale ressaltar que é preciso ter uma alimentação saudável, praticar atividade física e ter boa saúde bucal. Além disso, os exames de prevenção são fundamentais para que o câncer seja diagnosticado precocemente, aumentando as chances de cura. 

Todo tumor é câncer?

Não. Nem todo tumor é câncer. A palavra tumor corresponde ao aumento de volume observado numa parte qualquer do corpo. Quando o tumor se dá por crescimento do número de células, ele é chamado neoplasia - que pode ser benigna ou maligna. Ao contrário do câncer, que é neoplasia maligna, as neoplasias benignas têm seu crescimento de forma organizada, em geral lento, e apresenta limites bem nítidos. Elas tampouco invadem os tecidos vizinhos ou desenvolvem metástases. O lipoma e o mioma são exemplos de tumores benignos.
O tumor é a denominação para o aumento do número de células em qualquer parte do organismo. Existe o tumor benigno e o tumor maligno. O tumor benigno tem o crescimento do número de células mais lentamente e não tem risco de migrar para outra parte do corpo. O mesmo não acontece com o tumor maligno, também conhecido como câncer, que tem o crescimento do número de células de forma desorganizada, rápida e com a capacidade de invadir diferentes órgãos do corpo, constituindo risco de vida.

O câncer tem cura?

Atualmente, muitos tipos de câncer são curados, desde que tratados em estágios iniciais, demonstrando-se a importância do diagnóstico precoce. Mais da metade dos casos de câncer já tem cura.

Qual a diferença entre câncer in situ e invasivo?

O carcinoma in situ (câncer não invasivo) é o primeiro estágio em que o câncer não hemapoético pode ser classificado. Nesse estágio, as células cancerosas estão somente na camada da qual elas se desenvolveram e ainda não se espalharam para outras camadas do órgão de origem. A maioria dos cânceres in situ é curável, se for tratada antes que progrida para a fase de câncer invasivo. Nessa fase, o câncer invade outras camadas celulares do órgão e invade e ganha a capacidade de se disseminar para outras partes do corpo.

O câncer é hereditário?

Em geral o câncer não é hereditário. Existem apenas alguns raros casos que são herdados, tal como o retinoblastoma, um tipo de câncer de olho que ocorre em crianças. No entanto, existem alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais sensíveis à ação dos carcinógenos ambientais, o que explica por que algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno.
O câncer é uma doença genética, isto é, causada por uma alteração no material genético das células (DNA), o que não significa que seja hereditário. Dentre todos os casos de cânceres registrados, cerca de 5 a 10% apresentam caráter hereditário, sendo observados em várias pessoas de uma mesma família. A maioria das alterações genéticas observadas nos tumores são causadas pelos malefícios causados pelo estilo e hábitos de vida não saudáveis ao longo do tempo.

Vacina contra o Câncer

Perguntaram para o Dr. Lair Ribeiro se existe alguma vacina contra o câncer, ele não titubeou e respondeu que sim, é a vitamina D, se tomada na dosagem correta e periódica

Eu mesmo, este editor que vos escreve, tenho uma doença crônica, chamada síndrome de Behçet , esta doença me faz sofrer com inflamação ocular (Uveite) e com úlceras genitais que apareciam a cada 3 meses. Procurei diversos médicos reumatologistas, oftalmologistas, urologistas e todos eles disseram que não sabiam o que me receitar, até que um dia um médico paulista, chamado Walter Feldman, me receitou tomar um comprimido de vitamina D (10.000 UI) por dia, pronto ! nunca mais sofri com os sintomas da síndrome de Behçet. A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel e essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações. Afinal, ela controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. A principal fonte de produção da vitamina se dá por meio da exposição solar, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese desta substância. Alguns alimentos, especialmente peixes gordos, são fontes de vitamina D, mas é o sol o responsável por 80 a 90% da vitamina que o corpo recebe. Ela também pode ser produzida em laboratório e ser administrada na forma de suplemento, quando há a deficiência e para a prevenção e tratamento de uma série de doenças. 

A tão famosa vitamina D é não apenas necessária, mas fundamental para a manutenção do tecido ósseo, ela também influencia consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessante para o tratamento de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e a esclerose múltipla, e no processo de diferenciação celular, a falta deste nutriente favorece 17 tipos de câncer. 

Esta especifica substância ainda age na secreção hormonal e em diversas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas a síndrome metabólica que tem como um dos componentes o diabetes tipo 2. 

O consumo da vitamina D é essencial para as gestantes, a falta dela pode levar a abortos no primeiro trimestre. Já no final da gravidez, a carência do nutriente favorece a pré-eclâmpsia e aumenta as chances da criança ser autista. 

A super maravilhosa vitamina D foi denominada desta forma em 1922, pois naquela época acreditava-se que ela só poderia ser obtida por intermédio da alimentação. Ela foi batizada de D por ter sido a quarta substância descoberta, depois das vitaminas A, B e C. A partir da década de 1970 os pesquisadores descobriram que a vitamina D poderia ser sintetizada pelo organismo, ou seja, na realidade ela é um hormônio, não uma vitamina.

câncer anal

O que é câncer anal?
São tumores que ocorrem no canal e bordas externas do ânus. Os tumores no canal do ânus são mais frequentes entre as mulheres. Os que surgem nas bordas do ânus são mais comuns nos homens. Os tumores malignos surgem em tipos diferentes de tecidos, sendo o carcinoma epidermoide responsável por 85% dos casos. O câncer anal é raro e representa de 1 a 2% de todos os tumores do aparelho digestivo e de 2 a 4% de todos os tipos de câncer que acometem o intestino grosso.

Quais são os fatores de risco?
Infecção pelo HPV (Papilomavirus humano), o número elevado de parceiros sexuais, o sexo anal receptivo, doenças sexualmente transmissíveis, infecção pelo HIV, o tabagismo e pessoas que se submeteram a transplante de órgãos. O papel das doenças inflamatórias, fístulas e fissuras anais ainda não estão muito claros.

Quais são os sinais e sintomas?
O sangramento anal é o sinal mais frequente, a sensação de coceira e desconforto anal tende a ocorrer também. Dor pélvica pode ser relatada. Lesões verrucosas podem aparecer na região anal ou externamente (borda anal). Caso o paciente apresente algum desses sintomas deverá procurar um médico para realizar o exame local, que pode incluir a anuscopia com biópsia de áreas ou lesões suspeitas.

Como prevenir este tipo de câncer?
A recomendação é que se faça uma dieta com boa ingestão de frutas, legumes e verduras e baixa ingestão de gorduras. A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de cerca de 400g por dia de frutas e vegetais. A prática de exercícios físicos também pode reduzir o risco de câncer anal. O uso de preservativo (camisinha) evita o contágio com vírus e bactérias que são transmissíveis por contato sexual e estão relacionados com o desenvolvimento desse tipo de câncer. Não fumar e tratamento precoce e efetivo das doenças sexualmente transmissíveis e das fístulas anais também auxiliam na prevenção.

Como é o tratamento?
O tratamento mais comum é aquele realizado com radioterapia e quimioterapia. As chances de cura para os tumores não avançados são muito grandes. Nos casos em que não se observa resposta completa ao tratamento, ou seja, não houve cura, indica-se o tratamento cirúrgico. Para as lesões pequenas, tanto no canal anal como na borda anal, o tratamento cirúrgico é curativo na maioria dos casos, podendo-se evitar o tratamento com radioterapia e quimioterapia.

câncer de boca

O que é câncer de boca?
Câncer de boca é um tipo de tumor maligno que pode se desenvolver nas estruturas que fazem parte da boca a língua, as gengivas, as bochechas e o palato (céu da boca). Estes tumores são formados por células que se multiplicam rapidamente e descontroladamente destruindo os órgãos e se espalhando para os linfonodos do pescoço (ínguas).

Quais são os fatores de risco?
Os hábitos de fumar e beber são as principais causas. Cigarro, charuto, cachimbo e maconha estão envolvidos na formação do câncer de boca. As bebidas alcoólicas, em especial as destiladas, quando associadas ao tabagismo podem aumentar em até 4 (quatro) vezes o risco de câncer de boca. Outras causas relatadas são condições ruins de higiene da boca, alimentação pobre em frutas e verduras frescas e fatores genéticos.

Quais são os sinais e sintomas?
O câncer de boca geralmente apresenta-se como uma área endurecida, com uma ferida no centro, sangrante. Geralmente é muito doloroso prejudicando a fala e a alimentação. Outros sintomas são: aumento dos linfonodos do pescoço, dor de ouvido, dor de garganta e dentes amolecidos.

Como prevenir este tipo de câncer?
Não fumar, beber o mínimo ou não beber, cuidar bem da higiene da boca, visitas frequentes ao dentista para cuidados dentários e alimentação rica em frutas e verduras minimizam muito a chance de uma pessoa ter câncer de boca.

Como é o tratamento?
O principal tratamento do câncer de boca é com a cirurgia. Quando os tumores estão em uma fase avançada é necessário uma combinação de tratamentos como cirurgia, radioterapia e até quimioterapia.

câncer de bexiga

O que é câncer de bexiga?
A bexiga possui uma camada que “forra” o órgão por dentro, que chamamos de urotélio. O urotélio está em contato com a urina que se acumula na bexiga para ser expelida. Portanto, as células que formam esse urotélio estão expostas a todas as substâncias que o corpo elimina através da urina, como consequência do metabolismo daquilo que se coloca para dentro do corpo através da alimentação e do ar que se respira. O câncer da bexiga é uma consequência da transformação do urotélio, que passa a se proliferar de forma anormal e ganha a capacidade de invadir o órgão e até, em alguns casos, circular pelo corpo e produzir tumores em outras partes do corpo (chamado de metástase).

Quais são os fatores de risco?
O principal fator de risco para o câncer de bexiga é o uso de cigarro. O ato de fumar aumenta em três vezes o risco de desenvolver o câncer da bexiga comparado com aqueles que não fumam. Outros fatores de risco são a exposição a produtos químicos principalmente para aqueles que trabalham inalando esses produtos; a idade, já que o risco é maior nas pessoas mais velhas e também o gênero, já que os homens são muito mais acometidos que as mulheres. Pessoas que têm inflamação crônica na bexiga também tem um risco maior de desenvolver o câncer. Isso ocorre, por exemplo, naqueles que usam sondas vesicais por muito tempo.

Quais são os sinais e sintomas?
O principal sinal relacionado ao câncer da bexiga é o sangramento na urina. O sangue “vivo” na urina deve ser investigado, mesmo que ele pare espontaneamente. Nem todo mundo que sangra na urina tem câncer de bexiga, mas é necessário descartar essa hipótese caso esse sinal ocorra. Alguns casos podem ter dor ou ardência ao urinar e urgência para urinar.

Como prevenir este tipo de câncer?
A melhor maneira de prevenir este tipo de câncer é evitar a exposição aos fatores de risco para a doença. Não consumir tabaco e usar os equipamentos de proteção individual (para quem trabalha diariamente com produtos químicos).

Como é o tratamento?
O tratamento depende do quanto à doença penetrou na bexiga e se há metástase ou não. Quando a doença está apenas no órgão e não afeta o músculo da bexiga, o tratamento é feito com a “raspagem” da lesão através de um endoscópio colocado pela uretra (o canal por onde sai a urina), muitas vezes seguido da aplicação de uma substância para ativar a imunidade local. Quando a doença está só na bexiga, mas já invade o músculo da bexiga, pode ser necessário retirá-la por meio de uma cirurgia, ou então pode-se combinar a quimioterapia e a radioterapia para se evitar a cirurgia. Entretanto, quando a doença já tem metástase, a cura não é mais possível e o objetivo do tratamento passa a ser frear o avanço da doença através do uso de quimioterapia.

Câncer da cabeça e pescoço

Funções da boca e da garganta

A boca e a garganta participam de vários processos importantes para o ser humano: respiração, fala, alimentação, mastigação e deglutição.

O que é o câncer de boca?
Normalmente o câncer de boca se apresenta como uma ferida que não cicatriza que pode ser dolorosa ou não. Pode ocorrer nos lábios, no revestimento interno da boca (mucosa bucal), nas  gengivas, na língua, na parte da boca que fica debaixo da língua (assoalho da boca), o céu da boca (palato duro) e a área atrás dos dentes do siso – conhecido como o trígono retromolar.

O que é o câncer de garganta?
A garganta é um termo popular que engloba as regiões da orofaringe, hipofaringe e laringe. O câncer orofaríngeo é o que se desenvolve na parte da garganta localizada atrás da boca (conhecida como orofaringe). Essa região inclui a base da língua (a parte de trás da língua), o palato mole, as amídalas, os pilares, as paredes laterais e posteriores da orofaringe.

A hipofaringe é a região da faringe que se localiza inferiormente à orofaringe e fica atrás da laringe (caixa da voz ou Pomo de Adão), que é um órgão que contem as pregas vocais responsável pela produção da voz que se fecha quando comemos e se abre quando respiramos. A orofaringe é um órgão onde passa o ar e os alimentos.

O câncer de garganta, portanto, pode ser notado nas regiões citadas, como uma ferida que não cicatriza.
Sobre o câncer de cabeça e pescoço.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) são esperados em 2010, cerca de 14.120 mil novos casos de câncer de boca, sendo 10.330 em homens e 3.790 em mulheres. Não existem estatísticas específicas sobre câncer de garganta.

No Hospital de Câncer de Barretos em 2009, foram registrados 835 casos relacionados cabeça e pescoço, na somatória de todas as partes diferentes afetadas pela região.

Os locais mais comuns de câncer na boca são: língua (26%) e os lábios (23%) - principalmente o inferior. Outros 16% são encontrados no assoalho da boca e 11% nas glândulas salivares menores. O restante é encontrado nas gengivas e outros locais. Esses cânceres podem ocorrer em pessoas jovens, mas são raros em crianças. Cerca de um terço dos pacientes têm menos de 55 anos.

A incidência de câncer de boca varia em diferentes regiões mundiais. Ele é muito mais comum na França, Hungria e Índia, por exemplo, do que nos Estados Unidos - e raro em países como o México e no Japão. Cientistas que estudam a doença atribuem essas diferenças a fatores de risco ambientais e comportamentais.

Nos países em desenvolvimento, os cânceres de boca estão entre os mais comuns. No Brasil, é o quinto em incidência entre os homens e os tumores em sua grande maioria, são diagnosticados em estado avançado e apenas 20% são detectados precocemente, durante exame médico ou odontológico.

câncer do Corpo Uterino (Endométrio)

O que é câncer do Corpo Uterino (Endométrio)?
O câncer do corpo uterino é a 8a neoplasia maligna mais frequente nas mulheres, excetuando-se os tumores de pele não-melanoma, que acomete a região do endométrio, tecido fonte da menstruação e responsável por abrigar o feto durante a gestação. Também são considerados tumores do corpo uterino as neoplasias malignas originadas do tecido estromal do útero, sendo os principais representantes os leiomiossarcomas e os sarcomas do estroma endometrial.

Quais são os fatores de risco?
O principal fator de risco associado com o câncer de endométrio é um excesso de hormônio estrogênio circulante na corrente sanguínea (hiperestrogenismo). Os fatores associados ao hiperestrogenismo são: obesidade, uso inadequado da terapia de reposição hormonal, menarca precoce, menopausa tardia e nuliparidade. Outro fator de risco associado ao câncer de endométrio é a diabetes mellitus.

Como realizar o diagnóstico precoce?
Apesar de não ter uma recomendação para a prevenção do câncer do corpo uterino na população geral, este tipo de câncer pode ser na maioria dos casos diagnosticados no estágio inicial. Pois seu quadro clínico em estágios iniciais é muito marcante. O quadro é de sangramento vaginal em mulheres menopausadas. Toda mulher na menopausa que apresenta sangramento vaginal deverá investigar se esta causa de sangramento não é um câncer de endométrio. Em mulheres que ainda não chegaram à menopausa, o diagnóstico do câncer de endométrio é mais desafiador, e necessitará de uma investigação clínica minuciosa do ginecologista, frente a um caso de sangramento uterino disfuncional.

Como é o tratamento?
O tratamento do câncer do endométrio na grande maioria das vezes é cirúrgico, sendo retirado todo o útero, os ovários e avaliada a necessidade de ressecção das ínguas (linfonodos) próximas ao útero (pélvicos e retroperitoneais). Em algumas situações específicas haverá a necessidade de tratamento complementar com radioterapia e/ou quimioterapia.

câncer de ovário

O que é câncer de ovário?
O câncer de ovário é a 7a neoplasia maligna mais frequente nas mulheres, excetuando-se os tumores de pele não-melanoma. Esse tipo de câncer surge nos ovários, tubas uterinas ou peritônio (tecido que reveste por dentro a cavidade abdominal).

Quais são os fatores de risco?
O principal fator de risco para câncer de ovário é o risco genético. Mulheres que apresentam mutação hereditária nos genes BRCA 1 e BRCA 2, possuem um risco aumentado para o desenvolvimento do câncer de mama e do câncer de ovário. Outros fatores relacionados com o câncer de ovário possuem menor conhecimento científico, como a endometriose, a infertilidade e fatores relacionados ao processo de ovulação. Porém já é bastante estudado a proteção conferida pelo uso de anticoncepcional, diminuindo o risco de surgir o câncer de ovário.

Como realizar o diagnóstico precoce?
O diagnóstico precoce do câncer de ovário é um desafio para todos os ginecologistas, visto que nos estágios iniciais os sintomas apresentados são muito vagos (empachamento, sensação de peso, discretas alterações intestinais ou urinárias) e confundem-se com sintomas relacionados a alimentação, hábito intestinal ou psicossomáticos. A recomendação é que qualquer alteração abdominal por mais leve que seja, que persista por mais de uma ou duas semanas deverá ser investigada para excluir um câncer de ovário.
Já no estágio avançado, o câncer de ovário costuma se apresentar com o aumento do volume abdominal e a presença de massas abdominais palpáveis, causando intenso desconforto abdominal, dificuldade para alimentar-se e para respirar.

Como é o tratamento?
O tratamento do câncer de ovário se baseia em duas premissas. Primeiro que este tumor costuma apresentar uma boa sensibilidade à quimioterapia com Carboplatina e Paclitaxel. E segundo, que a cirurgia tem um importante papel em diminuir a quantidade de tumor para a menor possível, para que a quimioterapia apresente um efeito máximo e duradouro. Portanto o tratamento se baseia na cirurgia citorredutora (reduz o volume de doença) associada à quimioterapia. Quanto a iniciar com a cirurgia ou com a quimioterapia, fica a critério de uma avaliação clínica rigorosa por parte do oncologista e do cirurgião.

câncer de Pâncreas

O que é o câncer de Pâncreas?

O pâncreas é responsável não só pela produção de suco gástrico como também é responsável pela produção de hormônios, como a insulina. O carcinoma ductal do pâncreas é originado das células que recobrem os ductos pancreáticos por onde o suco pancreático é conduzido até ser secretado no duodeno. Este é o tipo mais comum e também o mais agressivo de câncer de pâncreas. Outros tipos, como os tumores neuro-endócrinos, são menos agressivos e mais raros.
A agressividade do câncer de pâncreas vêm de suas habituais disseminações linfática (acometendo gânglios linfáticos ao redor da lesão) e também hematogênica (disseminação de células tumorais para órgãos à distância através da corrente sanguínea).

Quais são os fatores de risco?
Os principais fatores de risco para carcinoma ductal de pâncreas são tabagismo (fumo) e história de pancreatite crônica (geralmente por consumo prolongado de álcool).

Quais são os sinais e sintomas?
Os sintomas mais frequentes são perda de peso, dor na parte superior do abdômen, icterícia (amarelão da pele e olhos). Além disso, anorexia (perda de apetite) e graus variados de desnutrição podem estar presentes a depender do quão avançada se encontra a doença. A icterícia se dá pela obstrução do colédoco (ducto de drenagem das vias biliares do fígado que carregam a bilirrubina). Devido à compressão ou invasão do colédoco por lesões na cabeça do pâncreas, há acúmulo de bilirrubina e esta passa para circulação sanguínea e seus derivados acumulam-se nos tecidos levando a cor amarelada da pele e das escleras, deixando os olhos amarelados.

Como prevenir este tipo de câncer?
Este é um tipo de câncer bastante relacionado a hábitos de vida, apesar de mesmo pacientes sem história de tabagismo ou ingesta alcóolica poderem apresentar. Sendo assim, a melhor maneira de evitá-los é com hábitos de vida saudáveis evitando fumo e ingesta de álcool. Não há uma justificativa para realização de exames de imagem em pacientes assintomáticos na população. Mas se com a realização destes exames houver a identificação de alguma lesão pré-maligna, estas podem ser seguidas com exames de imagem de rotina ou mesmo operadas a depender de sua apresentação.

Como é tratamento?
O tratamento do câncer de pâncreas depende do tipo de tumor, localização, o quão avançado ele se encontra e do estado geral de saúde do paciente. A cirurgia isolada pode propiciar um tratamento com intenção curativa nas fases iniciais. Mas muitas vezes, faz-se necessário o tratamento complementar com radioterapia e quimioterapia, ou só quimioterapia, que pode ser feito antes ou após cirurgia, a depender da apresentação inicial.

câncer de pênis

O câncer de pênis é neoplasia que acomete o pênis. É uma patologia relativamente rara, mas no Brasil, ocorre uma das maiores incidências do mundo.

É uma doença que assusta muito, pois seu tratamento é mutilante, uma vez que é necessária a amputação (retirada) de parte do pênis ou, em alguns casos, do órgão inteiro.

Porém é muito fácil evitá-la. Basta que se faça a higiene adequada do órgão masculino.

Os principais fatores de risco para esse câncer são o esmegma (aquele “sebo” branco que se acumula na glande – “cabeça do pênis”) e a fimose (quando o prepúcio – pele que recobre a glande – é muito “apertado” e não permite a exposição da glande). Como a fimose impede a visualização da glande, não é possível lavá-la, acumulando “sujeira”, que leva ao risco de formar o câncer do pênis.

Assim, no caso de fimose em você ou seu filho, procure um urologista para o tratamento adequado.

E lembre-se de lavar corretamente seu pênis. Puxe o prepúcio (pele), expondo completamente a glande (“cabeça do pênis”) e lave com água e sabão neutro, ao tomar banho e após relações sexuais. Depois, enxugue a região. Também é importante puxar a pele quando for urinar, para não acumular urina na região.

câncer de rim

O que é câncer de rim?
Os rins são os órgãos responsáveis pelo equilíbrio de água e sais do corpo, além de exercer uma função importante na eliminação de substâncias metabolizadas pelo organismo. Para isso, cada rim é composto de um milhão de pequenas estruturas chamadas de néfrons. Existem vários tipos de câncer de rim, mas o mais comum deles é uma consequência da transformação das células dos túbulos que formam os néfrons, que passam a se proliferarem de forma anormal e ganham a capacidade de invadir o órgão e até, em alguns casos, circular pelo corpo e produzir tumores em outras partes do corpo (chamado de metástase).

Quais são os fatores de risco?
O uso de cigarro, a hipertensão arterial e a obesidade têm sido relacionados ao câncer de rim. Além disso, pacientes com insuficiência renal crônica em uso de hemodiálise estão sob um maior risco de desenvolver câncer de rim. Algumas síndromes genéticas raras também aumentam o risco de desenvolver câncer de rim.

Quais são os sinais e sintomas?
O câncer de rim pode gerar sangramento na urina e dor na parte lateral da barriga. Como ele é um órgão que se localiza mais profundamente na barriga, sintomas mais intensos e possiblidade de palpação do câncer só ocorrem quando a doença está mais avançada. Muitos casos são descobertos já com metástases e os sintomas podem ser decorrentes mais da metástase do que do próprio tumor no rim. Metástase no pulmão pode causar tosse seca, cansaço e falta de ar, por exemplo.

Como prevenir este tipo de câncer? 
A melhor forma de prevenir a doença é manter hábitos de vida saudável e “ouvir” o próprio corpo, comunicando o seu médico as alterações no funcionamento do seu organismo. Deve-se controlar a hipertensão arterial e o peso adequadamente. Para aqueles que fazem hemodiálise ou que sofrem com síndromes genéticas que predispõem ao câncer de rim, é importante ter o acompanhamento regular com o médico para um diagnóstico mais precoce do câncer através de exames de imagem.

Como é o tratamento?
O tratamento depende do tamanho da doença no rim e se há metástase ou não. Quando a doença está apenas no rim, o tratamento é feito com a cirurgia de retirada radical do rim. Entretanto, quando a doença já se apresenta com metástases, é provável que a cura não seja mais possível e o objetivo do tratamento passa a ser frear o avanço da doença. Para isso, o tratamento deve ser com medicações que bloqueiem os processos biológicos fundamentais para a proliferação e sobrevivência das células do câncer, inibindo o avanço da doença.

câncer de testículo

O câncer de testículo é a neoplasia maligna mais comum em homens com menos de 45 anos de idade. Apesar de acometer pessoas geralmente jovens, há uma grande chance de cura na maior parte dos casos.

A criptorquidia (quando um deles ou ambos testículos não descem para a bolsa escrotal) é o principal fator de risco. Todos os homens que têm esse problema devem procurar um urologista para tratamento adequado.

O sintoma encontrado é um nódulo (“caroço”) endurecido e geralmente sem dor, além do aumento progressivo do testículo. Esse sintoma também pode ocorrer em outras doenças, como em inflamações. De qualquer modo é necessário procurar um médico para melhor avaliação.

É importante a detecção precoce. Para tanto, deve-se estimular os homens, principalmente os jovens e adultos a fazer o auto-exame do testículo. Ao tomar banho, é só palpar os testículos e observar a presença de nódulos (“caroços duros”) nos testículos. Caso encontre algo errado, procure um urologista para melhor avaliação.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Câncer de vulva

O que é câncer de vulva?
O câncer de vulva é uma rara neoplasia maligna nas mulheres, que acomete principalmente os pequenos e grandes lábios. Este tipo de câncer apresenta dois picos de incidência, acometendo principalmente as mulheres na 5a e 8a décadas de vida.

Quais são os fatores de risco?
Os fatores de risco para esta neoplasia dependem da idade do surgimento do câncer. Mulheres acometidas durante a 5a década de vida apresentam uma forte associação com a infecção pelo vírus HPV, um vírus sexualmente transmissível. Já as mulheres acometidas ao redor da 8a década de vida tem com fator etiológico principal a atrofia vulvar que ocorre devido ao hipoestrogenismo (excesso de hormônio estrogênio circulante na corrente sanguínea).

Como realizar o diagnóstico precoce?
Apesar de não haver trabalhos confirmando, podemos concluir que a vacinação para o vírus do HPV poderá prevenir o surgimento dos casos de câncer ao redor da 5a década de vida. Para os casos não vacinados ou não relacionados ao vírus do HPV é importante que a mulher conheça quais são os sinais e sintomas iniciais desta neoplasia. Inicialmente, este tipo de câncer se apresenta como uma pequena ferida ou ulceração, que apresenta prurido ou ardência, e que não cicatriza em um período de uma ou duas semanas. Em mulheres idosas é comum este câncer se apresentar como uma tumoração sangrante e dolorosa associada a ínguas inguinais (na virilha) aumentadas de tamanho. Este já é um estágio mais avançado da doença e ocorre principalmente por medo e vergonha que algumas pacientes apresentam em procurar um ginecologista logo que surgem os sintomas iniciais.

Como é o tratamento?
O tratamento inicial é preferencialmente cirúrgico, com a ressecção de toda neoplasia com margens cirúrgicas de segurança, de aproximadamente 2,0cm. Além disso, deverá ser realizada uma adequada avaliação das ínguas da região da virilha, para tratamento e avaliação da necessidade de tratamento adjuvante com radioterapia. Em casos mais avançados, o tratamento pode ser uma combinação de radioterapia com quimioterapia seguidos ou não de tratamento cirúrgico.

Câncer de Fígado

Câncer de Fígado é um tumor maligno que se origina a partir de células que compõem o fígado. Uma vez que o fígado é composto por vários tipos diferentes de células, vários tipos de tumores podem crescer no órgão. Hepatocarcinoma é a forma mais comum de câncer do fígado em adultos. Deve-se diferenciar os tumores do fígado como primários (aqueles que realmente se originam no fígado) e aqueles secundários ou metastáticos, que são a ampla maioria dos tumores de fígado.

Pacientes muitas vezes não apresentem sintomas até que o câncer hapático esteja em seu estágio mais avançado, por isso raramente é encontrado cedo. Como o câncer cresce, alguns doentes podem sofrer sintomas como dor no abdômen, ombro e dorso, inchaço, perda de peso, perda de apetite, fadiga, náuseas, vómitos, febre e icterícia. Outras doenças hepáticas e problemas de saúde também podem causar esses sintomas, mas ninguém apresentando sintomas como estes deve deixar de procurar um médico.

Os principais fatores de risco são a cirrose hepática, infecções pelos vírus da hepatite B e C, hemocromatose, exposição a aflatoxina, entre outros. Aqueles com diagnóstico de cirrose hepática podem se beneficiar de rastreamento com ultrassonografia e dosagem sérica de alfa-fetoproteína.

Alguns exames de diagnóstico de câncer hepático podem incluir ultrassonogafia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, angiografia e biópsia.

O tamanho do tumor, presença de cirrose no paciente, são fatores na escolha de um tratamento para câncer hepático. Pessoas sem cirrose podem ser submetidas a cirurgia para remover o tumor ou podem administrar tratamentos que destroem o tumor sem cirurgia, como injeção de álcool ou com o tratamento com radiofreqüência para aquecer-los a altas temperaturas. O transplante do fígado pode estar indicado naqueles casos em que há um número pequeno de lesões confinadas ao fígado e cujo tamanho não ultrapassa os 5 cm.

Linfoma

Linfoma é um câncer que começa nas células do sistema linfático. Existem dois tipos de linfomas, linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. Eles diferem entre si pelos tipos de células encontradas à microscopia, pelo comportamento biológico e pela resposta à terapia. Acometem principalmente os linfonodos, que são órgãos do sistema de defesa do organismo, mas podem atingir outros órgãos, especialmente quando em estágios avançados. O prognóstico é bastante variável dentro de cada grupo, e deve portanto ser avaliado individualmente com o seu médico.

Os sintomas são os mais variados, entretanto os mais comuns são: cansaço ou fraqueza, febre, sudorese, perda de peso, dores no corpo, emagrecimento, além do aparecimento de nódulos no corpo. O diagnóstico geralmente é feito através de biópsia do linfonodo (ou órgão acometido). São exames úteis para o diagnóstico o seguinte: tomografia do tórax e abdome, radiografia do tórax, PET scan, exames laboratoriais e biópsia da medula óssea. O tratamento em geral é realizado com quimioterapia associada ou não a terapia biológica, mas a radioterapia também pode ser empregada. O transplante de medula óssea geralmente é reservado para pacientes com doença refratária.

Músculo Esquelético

Tumores Músculo-esqueléticos

Os tumores músculo-esqueléticos são tumores que se desenvolvem nos ossos e nas partes moles - constituídas pelo tecido de sustentação, exceto tecido ósseo e tecido epitelial (tecido que reveste a superfície externa do corpo, os órgãos e as cavidades corporais externas).

São tumores abordados pelo ortopedista oncológico, que junto com uma equipe multidisciplinar, irá realizar o tratamento adequado para cada tipo específico de tumor. Os tumores ósseos são bastante raros, representam cerca de 1% de todos os tumores.

Os principais tumores ósseos são conhecidos como: osteossarcoma, sarcoma de ewing e condrossarcoma.

O Osteossarcoma é um tumor maligno formador de osso. É o segundo tumor ósseo primário mais comum, atinge a população na faixa etária de 10 a 20 anos. Aparece principalmente na região do joelho, porém pode comprometer qualquer osso. No início, a lesão pode não ser de fácil diagnóstico, pois os sintomas não são específicos e a presença de massa palpável e aumento de temperatura local podem aparecer em fases mais avançadas. Por isso, a atenção do ortopedista deve ser redobrada quando existir uma dor de origem não traumática em adolescentes e que persiste ao longo do tempo.

O diagnóstico definitivo do osteossarcoma deve ser feito com a história clínica do paciente, exames de imagem e com o exame anatomopatológico realizado através da biópsia da lesão.

O tratamento pode ser realizado com a quimioterapia neo-adjuvante (antes da cirurgia), cirurgia para ressecção do tumor (com a preservação do membro ou não) e uma quimioterapia adjuvante (após a cirurgia).

Sarcoma de Ewing é um tumor maligno da medula óssea, sendo também o terceiro tumor ósseo primário maligno mais freqüente. Atinge indivíduos na segunda década de vida (80% dos pacientes tem menos que 20 anos) e acomete preferencialmente a diáfise (parte do osso que tem crescimento primário) de ossos longos.

Os sintomas mais comuns são dores e aumento de volume que geralmente é acompanhada de sintomas sistêmicos como febre, anemia e os exames laboratoriais que se assemelham a uma infecção, o que pode ser facilmente confundido com uma osteomielite (infecção do osso). O tratamento do Sarcoma de Ewing é realizado com quimioterapia neo-adjuvante, cirurgia e/ou radioterapia e quimioterapia adjuvante.

O Condrossarcoma é um tumor maligno produtor de cartilagem. É um tumor que atinge indivíduos na terceira e quarta décadas de vida, entre 21 e 40 anos de idade. Devido à localização (fêmur proximal, bacia e úmero proximal) e o crescimento lento, muitos pacientes procuram o tratamento apenas quando tumor apresenta grande volume. Como é um tumor de crescimento lento, o tratamento é quase que exclusivamente cirúrgico, ficando a quimioterapia e radioterapia somente para casos isolados.

Sarcomas de Partes Moles

São os tumores malignos que atingem o tecido de sustentação (exceto tecido ósseo e o tecido epitelial), ou seja: músculo estriado, tecido adiposo, tecido conjuntivo fibroso, tecido neural periférico e vasos linfáticos e sanguíneos, principalmente em membros inferiores (coxa e perna), 60% dos casos. São tumores raros, cerca de 1% de todos os tumores malignos no adulto e 6,5% nas crianças, sem diferença para sexo e raça. Existem mais de 50 subtipos histológicos, sendo os mais comuns o Lipossarcoma, Fibrossarcoma, Sarcoma pleomórfico, Leiomiossarcoma e em crianças o mais comum é o Rabdomiossarcoma.

Os Sarcomas de Partes Moles geralmente apresentam-se como uma massa palpável (aumento de volume local), às vezes seguida de dor, principalmente nos tumores de grande dimensão. O diagnostico é feito com a história clínica do paciente associada a exames de imagem e anatomopatológico.

O tratamento é individualizado, levando em conta o estádio clínico da doença e o subtipo histológico de cada tumor. A cirurgia é quase sempre indicada, às vezes, associada à radioterapia e quimioterapia.

Cirurgias Oncológica para Tumores Músculo-Esqueléticos

A cirurgia oncológica nos tumores músculo-esqueléticos, deve seguir algumas etapas, iniciando-se pela biópsia preferencialmente realizada pelo cirurgião responsável pela cirurgia. A cirurgia com a finalidade curativa (também conhecida como cirurgia com margem oncológica) deve seguir alguns princípios. A ressecção (retirada) do tumor deve sempre ser completa, efetivando também, a ressecção com uma margem de segurança com tecido sadio, mesmo que isso custe ao paciente uma amputação do membro.

Hoje, o conceito de preservação de membro em cirurgia oncológica é bastante conhecido e deve ser indicado sempre que o resultado funcional for superior ao de uma amputação. Existem várias técnicas e materiais criados para fazer a reconstrução do defeito criado pela ressecção do tumor. Quanto aos tumores de partes moles, às vezes, é necessário fazer reconstrução com transferência de tecidos para restaurar as funções dinâmicas. Nos tumores ósseos essas substituições são feitas por endoproteses (próteses internas) não convencionais, sínteses biológicas como auto-enxerto (quando usamos um seguimento ósseo do mesmo paciente para reconstruir o defeito ósseo da ressecção do tumor) e homoenxertos (obtidos através dos doadores de cadáveres com bancos de ossos).

Alguns tumores se desenvolvem em lugares que comprometem estruturas importantes e a amputação acaba sendo o melhor método de cirurgia curativa. Ao contrário do que muitos acreditam, a amputação é um método de tratamento em oncologia para preservar a vida do paciente e não um sinal de perda ou derrota no tratamento.

Osteossarcoma

O que é o Osteossarcoma?
Conhecido também como Sarcoma Osteogênico, o Osteossarcoma é o tumor ósseo maligno primário mais comum em crianças e adolescentes, com pico de incidência entre a segunda e terceira décadas de vida. Os locais mais frequentes em que esse tipo de câncer afeta são o fêmur distal, área do joelho (tíbia proximal) e o ombro (úmero proximal). Meninos e meninas têm uma incidência similar desse tumor até o final da adolescência, época em que o sexo masculino começa a predominar no diagnóstico da doença. A causa específica do osteossarcoma ainda não é conhecida e há evidências que o esta doença pode ocorrer em famílias.

Quais são os fatores de risco?

Como o osteossarcoma é um tipo de câncer cujas condições genéticas e hereditárias podem aumentar a possibilidade de seu desenvolvimento, não há maneiras de previní-lo especificamente. Mas entre os fatores que incluem as pessoas em grupo de risco, podemos citar:

Síndrome de Li-Fraumeni – Trata-se de uma doença hereditária rara vinculada ao gene p53 que caracteriza-se pela ocorrência de vários tumores antes dos 45 anos de idade.

Doença de Paget – Uma doença benigna ligada aos ossos, causando um distúrbio nas velocidade do metabolismo ósseo. Essa alteração desrregula o desenvolvimento dos ossos, causando uma destruição progressiva dos mesmos.

Retinoblastoma Hereditário – Esse tipo de tumor maligno afeta o globo ocular e compreende de 2% a 4% dos tipos de tumores pediátricos.

Osteogênese imperfeita – Aqueles acometidos por essa doença, nascem sem colágeno no organismo ou sem a capacidade de sintetizar essa proteína. Como esse é um elemento importante para seu fortalecimento, os ossos acabam se tornando quebradiços. 

Quais são os sintomas do Osteossarcoma?

Dor e inchaço: Os primeiros sintomas do osteossarcoma são dor e inchaço no local acometido pelo tumor, geralmente, podendo apresentar uma piora no período noturno. No exame físico, o médico pode perceber aumento do volume local, calor local, dor e limitação na movimentação da articulação comprometida.

Trumatismo não-relacionado: É muito comum o paciente querer associar a dor a um trauma recente, mas muitas vezes não há nenhum tipo de traumatismo ou lesão relacionada com algum esporte.

Como é realizado o diagnóstico?

É muito comum os pacientes já apresentarem o tumor em estágio avançado quando o diagnóstico é feito, o que dificulta o tratamento. Para o diagnóstico, além do histórico do paciente e do exame físico, o médico precisa de exames de imagem como: tomografia do tórax para procurar metástase pulmonar e cintilografia óssea para pesquisar metástases ósseas. Outro exame que costuma ser feito é a ressonância magnética do tumor primário para uma avaliação da extensão do tumor dentro da medula e dos tecidos moles que rodeiam o osso.

Como é realizado o tratamento de um Osteossarcoma?

Como as metástases costumam se espalhar, geralmente, para pulmões e outros ossos e geram alguns sintomas desde a fase inicial do tumor, o diagnóstico precoce é sempre muito importante para a escolha do tratamento mais adequado e para o prognóstico. Um forte fator prognóstico é o tipo de tratamento utilizado e a equipe que administra esse tratamento, sabendo-se que os centros de referência para este tipo de tumor com equipe multidisciplinar treinada e coesa, que tratam muitos casos por ano têm melhores condições de alcançar sucesso no tratamento.

A cirurgia oncológica ortopédica de ressecção em conjunto com a quimioterapia (adjuvante) é o principal tratamento, sendo uma opção que evita a amputação na maioria dos pacientes com esse tumor. Ao contrário de outros tumores, a radioterapia não tem valor no tratamento destes tumores. O diagnóstico precoce ainda é o maior trunfo para a cura e preservação dos membros afetados.

Quimioterapia para Osteossarcoma

A lista de fármacos empregados contra o osteossarcoma é muito restrita. Atualmente, methotrexate em altas doses, doxorrubicina, cisplatina e ifosfamida são consideradas as drogas mais ativas.

1a. Quimioterapia pré-operatória

A finalidade da quimioterapia antes da operação é facilitar a cirurgia com margens adequadas, aumentar as taxas de preservação de membros, proporcionar amputações mais econômicas com menor risco de recidivas locais e,  desta forma, oferecer melhores próteses externas com melhor qualidade funcional. Entre outras vantagens, também é possível citar o tratamento precoce de micro-metástases e diminuir as metástases sistêmicas enquanto aguarda o momento da cirurgia. É uma oportunidade de avaliar a necrose do tumor, identificando os grupos de risco.

1b. Quimioterapia pós-operatória

As respostas em relações à quimioterapia pré-operatória e a cirurgia são essenciais para poder traçar qual será o prognóstico para a quimioterapia pós-operatória. Em casos de baixa resposta ao tratamentos anteriores, é comprovado que a terapia pós-operatória de resgate não melhora o prognóstico.

Experiência do Grupo Brasileiro de Tratamento do Osteossarcoma (GBTO)

O Grupo Brasileiro para Tratamento de Osteossarcoma 2000 (Osteo 2000) foi aberto em maio de 2000 e encerrada a inclusão de pacientes em dezembro de 2005, registrando 368 pacientes de 25 instituições. Em 2006 iniciou-se o novo protocolo (agora Latino Americano) que preconiza o uso de Methotrexate altas doses, associado com Cisplatina e Doxorrubicina, associado com protetor cardíaco.

Conheça Retinoblastoma

O retinoblastoma é um tumor maligno originário da membrana neuroectodérmica da retina embrionária, compreendendo de 2 a 4 % dos tumores malignos pediátricos, sendo assim, o tumor maligno ocular mais freqüente da infância.
Ele afeta 80% das crianças abaixo de 3 a 4 anos, sendo que a média de idade do diagnóstico é 2 anos. Além de não haver predisposição para sexo ou raça, o diagnóstico de retinoblastoma em crianças maiores que 6 anos é rara.

O retinoblastoma pode ser classificado como esporádico ou hereditário. Na forma esporádica, o tumor é unilateral (afeta um olho apenas) e corresponde a 60-70% dos casos. Na forma hereditária, o tumor pode ser unilateral, correspondendo a 15% dos casos, ou bilateral (os dois olhos são afetados) que corresponde a 25% dos casos.

Os sinais e sintomas do retinoblastoma dependem de seu tamanho e da sua localização. O sinal mais comum é a leucocoria (semelhante ao “reflexo branco” ou “reflexo do olho de gato”). Isso decorre do descolamento de retina causada pela massa do tumor, com sua possível visualização através da pupila. Outros sinais encontrados são: estrabismo, sangramento de alguma parte do olho, perda de visão, vermelhidão dos olhos, heterocromia (um olho de cada cor) e glaucoma (doença que atinge o nervo óptico) secundário.

Quando o retinoblastoma encontra-se em um estado mais avançado, os sinais e sintomas dependem dos locais acometidos. Pode se manifestar como massa em órbita e proptose (globo ocular deslocado para fora), no caso de comprometimento de órbita. O acometimento do sistema nervoso central pode causar dor de cabeça e vômito, assim como o acometimento dos ossos podem causar dor no local.

O diagnóstico é feito pelo exame oftalmológico. Exames de imagem como tomografia de crânio e órbita ou ressonância, são indicados para confirmação diagnóstica e avaliação da extensão do tumor. O diagnóstico histológico é confirmado após a enucleação (retirada do globo ocular) que é indicada como tratamento em alguns casos.

O quadro clínico do retinoblastoma pode ser confundido com infecções bacterianas e fúngicas (endoftalmite) , infecções por Toxocara canis (vermes transmitidos por gatos e cachorros), persistência hiperplásica do vítreo primário, Doença de Coats, Angiomatose de retina e infiltração da retina por metástases.

Tratamento

O tratamento do retinoblastoma é programado de acordo com a extensão da doença, se o tumor está apenas dentro do olho (intra-ocular) ou atingindo nervo óptico, se acomete apenas um ou dois olhos, assim como se apresenta metástases ou não.

As modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento deste tipo de tumor são: enucleação, termoterpia transpupilar (conhecida como TTT, é uma radiação infravermelha que provoca a hipertermia do tecido do tumor), crioterapia (substâncias que rebaixam a temperatura do tecido), laser, braquiterapia (terapia aproximação ou inserção da fonte de radiação no paciente), radioterapia externa e quimioterapia.        

Os objetivos do tratamento dos pacientes com retinoblastoma é preservar da vida e visão do paciente. A sobrevida para pacientes com retinoblastoma tem melhorado muito nos últimos anos, devido aos avanços com diagnósticos precoces e melhores opções terapêuticas.

sarcoma de partes moles

O que é sarcoma de partes moles?
Os sarcomas de partes moles são tumores malignos que têm origem em tecidos como os músculos e gordura. A grande maioria cresce e se desenvolve nos membros, porém podem acometer qualquer parte do corpo, desde cabeça e pescoço até tronco e órgãos internos.

Quais são os fatores de risco?
Existem poucos fatores de risco bem definidos e há raros fatores ambientais associados a esses tumores.
Alguns tipos podem:
- ter ligação genética bem definida, por exemplo, a associação entre doenças raras como a síndrome de Neurofibromatose e do Tumor de Bainha de Nervo Periférico;
- ser casos de mutação no gene p53 e síndrome de Li-Fraumeni.

Quais são os sinais e sintomas?
Quando esses tumores crescem nos membros a pessoa nota o crescimento progressivo no volume do membro ou de parte dele. Geralmente são indolores até atingir grandes tamanhos e provocar acometimento sensitivo ou motor. Como geralmente crescem de forma muito lenta, na maioria das vezes, o paciente demora para procurar ajuda médica.

Como prevenir este tipo de câncer?
A melhor forma é a prevenção secundária, ou seja, quando ocorrer o surgimento dos sintomas, a busca pelo diagnóstico deve ser breve, procure um médico.

Como é o tratamento?
O tratamento é baseado no tripé CIRURGIA, RADIOTERAPIA E QUIMIOTERAPIA, a depender de cada caso. Em geral consiste na ressecção do tumor com margens de segurança. A radioterapia atua de forma a reduzir a chance de reincidência da doença. Já a quimioterapia é geralmente utilizada para casos de doença metastática (espalhada em outros órgãos).

Tumores de Sistema Nervoso Central (SNC)

Os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) é o segundo tipo de câncer mais freqüente na faixa etária pediátrica (0 a 18 anos incompletos), superado somente pelas neoplasias hematológicas (alterações das células do sangue). Se considerarmos apenas os tumores sólidos, os tumores de SNC são os mais freqüentes nesta faixa etária. Eles correspondem a aproximadamente 25% das neoplasias diagnosticadas em crianças abaixo de 15 anos, isto é, uma em cada 5 crianças com diagnóstico de câncer é portadora de um tumor primário de SNC.

Na última década, registrou-se um aumento na incidência dos tumores de sistema nervoso central. Dados norte-americanos mostram que durante os anos de 1977 e 1981, a incidência desses tumores era de 2,7 casos a cada 100.000 crianças por ano e no período de 1990 a 1994, esses casos aumentaram de 2,7 para 3,3. O aumento está diretamente relacionado a um maior número de diagnósticos que antes não eram realizados, pois entre esses períodos, houve uma série de avanços nas técnicas de medicina diagnóstica e nas técnicas cirúrgicas - principalmente com as especializações das técnicas de biópsia (análise das células dos materiais recolhidos). 

Aproximadamente 80% dos tumores de SNC ocorrem na primeira década de vida, o que corresponde ao primeiro pico de incidência. De uma maneira geral, o risco diminui à medida que a idade avança até um segundo pico de incidência no final da idade adulta, entre sétima e oitava década de vida.

Quadro Clínico:

A apresentação clínica dos tumores de SNC depende da localização do tumor, de seu tipo histológico (tecido que originou tumor), da idade da criança e de seu desenvolvimento neurológico. Não existem achados clínicos que categorizem os sintomas específicos desta patologia.
      
Suas manifestações clínicas podem ser decorrentes do crescimento tumoral com infiltração e/ou compressão de estruturas SNC ou podem ser secundárias à obstrução do fluxo de líquidos do cérebro e aumento da pressão intracraniana (Hipertensão Intracraniana - HIC). A Hipertensão Intracraniana pode ter instalação abrupta ou evolução insidiosa com quadro dores de cabeça constantes que podem iniciar suas atividades até 4-6 meses antes do diagnóstico. Caracteriza-se pelos sintomas clássicos: cefaléia, vômitos e alteração de comportamento (letargia). As dores de cabeça ocorrem em 85% dos casos e os vômitos, em jato, estão presentes em 70% casos de HIC.

Com relação à faixa etária as crianças em idade escolar evoluem com mudanças de comportamento, queda no desempenho escolar e fadiga. Já as crianças menores, nos primeiros anos de vida, evoluem com irritabilidade, anorexia, atraso de desenvolvimento e/ou perda de aquisições. Também se observa o aumento da circunferência craniana (macrocefalia), decorrente do não-fechamento das suturas cranianas nesta faixa etária. Crises de convulsão podem ocorrer em 20 a 30% das crianças com tumores hemisféricos.

Diagnóstico:

Inicialmente uma minuciosa história clínica, exames físicos e neurológicos devem ser realizados. O estudo deve ser construído de modo que seja possível entender o início, o curso e a evolução da doença e, para facilitar, a medida do perímetro da cabeça deve sempre ser realizada. Os achados do exame neurológico devem ser comparados com os correspondentes ao desenvolvimento por faixa etária, para determinar as manifestações iniciais de parada, atraso ou involução do desenvolvimento neurológico. Quanto menor a idade do paciente, mais importante torna-se o processo de comparação por faixa etária.

A tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética são os exames de imagem realizados para o diagnóstico dos tumores de sistema nervoso central.

Tratamento:

O tratamento para esse grupo de neoplasia requer uma abordagem multidisciplinar, baseada em cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Câncer de tireóide

A tireoide é uma glândula do sistema endócrino responsável pela produção de hormônios que agem no controle de diversos órgãos do corpo humano. A doença tem, em média, 95% chances de cura, desde que diagnosticada precocemente e o paciente receba acompanhamento médico por pelo menos cinco anos após a retirada da glândula.
Tumores da tireoide são, em sua grande maioria, doenças de evolução lenta e que, hoje em dia, permitem intervenções curativas, seja pela ação da cirurgia isolada, seja pela combinação da cirurgia com outros tratamentos. Apenas 5% dos tumores malignos de tireoide, chamados de tumores anaplásicos ou indiferenciados, têm uma evolução muito rápida, com sobrevida média de 5 meses. Novos medicamentos vêm sendo utilizados com sucesso para o caso da doença já ter se espalhado para outros órgãos (metástases).

O que é câncer de tireoide?
O câncer de tireoide é um tumor maligno da glândula tireoide que fica localizada no pescoço e que tem como função produzir hormônios. É um tumor mais frequente nas mulheres e tende a ser mais agressivo em pessoas acima de 45 anos. Estes tumores são formados por células que se multiplicam rapidamente e descontroladamente destruindo os órgãos e se espalhando para os linfonodos do pescoço (ínguas) ou para os pulmões.
Quais são os fatores de risco?
História de irradiação na tireoide (como nos trabalhadores com Raios X sem proteção ou nos expostos a materiais radioativos) e fatores genéticos são as principais causas para este tipo de tumor.
Quais são os sinais e sintomas?
Geralmente o câncer de tireoide manifesta-se como nódulos na glândula tireoide ou como um aumento em seu volume. Geralmente este aumento é benigno, mas são necessários alguns exames para um diagnóstico preciso. Rouquidão, dificuldade para engolir e para respirar, além de aumento dos linfonodos do pescoço (ínguas) são sintomas que poderão estar presentes.
Como prevenir este tipo de câncer?
Proteger-se ao ser submetido à irradiação, atitude que é válida em especial para aqueles profissionais que lidam com irradiação de forma continuada.
Como é o tratamento?
O tratamento do câncer de tireoide pode ser cirúrgico, com iodo ou com  radioterapia,  dependendo de cada situação.

Câncer de pulmão

O câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos na população mundial e, em 90% dos casos, é causado pelo tabagismo.

O que é câncer de pulmão?
Câncer de pulmão é um tumor maligno que se inicia em um dos pulmões. Como acontece com vários tumores, após exposição aos fatores de risco, uma célula normal do pulmão sofre uma mutação em genes específicos que estão relacionados à multiplicação celular. Essa mutação faz com que essa célula se multiplique descontroladamente, levando à formação de um conglomerado de células - o câncer. Esse conglomerado de células possui características específicas, diferentes dos tecidos normais. Uma dessas características é a capacidade de gerar metástases, que são células que se “desprenderam” do tumor inicial e foram parar em outros locais do corpo, onde continuam se multiplicando, gerando novas lesões. Existem diversos tipos diferentes de câncer de pulmão. Em geral eles são divididos em dois grandes grupos: “carcinomas células não-pequenas” e os “carcinomas de pequenas células”. O primeiro grupo é o mais frequente, sendo os adenocarcinomas e os carcinomas epidermóides os subtipos mais comuns desse grupo.

Quais são os fatores de risco?
O principal fator de risco é o tabagismo. O tabaco possui mais de mais de 4000 produtos químicos sendo 60 deles já identificados como tumorigênicos. O risco é proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao número de anos de tabagismo. Cerca de 90% dos pacientes com câncer de pulmão fumam ou já fumaram durante a vida. Dentre a população que não fuma, o câncer de pulmão é extremamente raro e possui características específicas, diferentes do câncer de pacientes tabagistas. A população que não fuma, mas que é exposta à fumaça de cigarro (tabagismo passivo) apresenta risco aumentado de câncer de pulmão, que é inferior ao risco daqueles que fumam, no entanto cerca de 25% maior do que aqueles que nunca fumaram. Existem outros fatores de risco como exposição a arsênio, cromo, asbesto, sílica, cádmio, radônio, entre outros, mas nenhum deles é tão importante quanto o consumo de tabaco e seus derivados. História familiar de câncer de pulmão e fibrose pulmonar também aumentam o risco de câncer de pulmão, em menores proporções.

Quais são os sinais e sintomas?
Os sintomas são muito variáveis, dependendo da localização do tumor e os sítios de doença metastática. Os mais comuns são:
• tosse (com ou sem sangue)
• falta de ar
• dor torácica
• dificuldade para engolir
• perda de apetite
• emagrecimento
• dor nas articulações
• cansaço
• desânimo
• dor de cabeça
• náuseas / vômitos
• dor nos ossos

Como prevenir este tipo de câncer?
A principal maneira de se prevenir o câncer de pulmão é evitando o tabagismo. Várias políticas públicas de saúde têm sido realizadas nas últimas duas décadas com esse objetivo, o que tem se traduzido na redução da população tabagista no país. Para aqueles pacientes que fumam ou fumaram, a tomografia computadorizada (TC) de baixa intensidade de dose realizada uma vez ao ano também está associada à redução de mortalidade por esse tipo de câncer. É indicada especificamente para aquelas pessoas entre 55 e 74 anos e carga tabágica maior que 30 maços/ano. O cálculo da carga tabágica é realizado pela multiplicação do número de maços fumados por dia pelo número de anos de tabagismo. Por exemplo, um cidadão que fumou 40 cigarros por dia (2 maços) por período de 30 anos possui uma carga tabágica de 60 maços/ano (2 x 30).

Como é o tratamento?
O tratamento do câncer de pulmão é complexo e exige participação de várias especialidades médicas (oncologia, cirurgia, radioterapia, radiologia) bem como vários profissionais de saúde (equipe multidisciplinar – enfermagem, fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia). Para o adequado planejamento do tratamento é necessário que seja realizada uma biópsia e a seguir os exames de estadiamento, que têm por objetivo ver o quão avançada está a doença. Os exames mais frequentemente utilizados para isso são tomografia, ressonância, PET-CT, cintilografia óssea, mediastinoscopia, entre outros. Para os pacientes com doença apenas no pulmão (sem metástases) e particularmente sem linfonodos (“ínguas”) no mediastino (região entre os dois pulmões) o tratamento é cirúrgico, seguido ou não de quimioterapia e/ou radioterapia. Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é realizado com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo. E para os pacientes que apresentam metástases à distância o tratamento é realizado com quimioterapia ou, em casos selecionados, algumas medicações via oral (terapia alvo).