O que é o Osteossarcoma?
Conhecido também como
Sarcoma Osteogênico, o Osteossarcoma é o tumor ósseo maligno primário
mais comum em crianças e adolescentes, com pico de incidência entre a
segunda e terceira décadas de vida. Os locais mais frequentes em que
esse tipo de câncer afeta são o fêmur distal, área do joelho (tíbia
proximal) e o ombro (úmero proximal). Meninos e meninas têm uma
incidência similar desse tumor até o final da adolescência, época em que
o sexo masculino começa a predominar no diagnóstico da doença. A causa
específica do osteossarcoma ainda não é conhecida e há evidências que o
esta doença pode ocorrer em famílias.
Quais são os fatores de risco?
Como
o osteossarcoma é um tipo de câncer cujas condições genéticas e
hereditárias podem aumentar a possibilidade de seu desenvolvimento, não
há maneiras de previní-lo especificamente. Mas entre os fatores que
incluem as pessoas em grupo de risco, podemos citar:
Síndrome de Li-Fraumeni
– Trata-se de uma doença hereditária rara vinculada ao gene p53 que
caracteriza-se pela ocorrência de vários tumores antes dos 45 anos de
idade.
Doença de Paget – Uma doença benigna
ligada aos ossos, causando um distúrbio nas velocidade do metabolismo
ósseo. Essa alteração desrregula o desenvolvimento dos ossos, causando
uma destruição progressiva dos mesmos.
Retinoblastoma Hereditário – Esse tipo de tumor maligno afeta o globo ocular e compreende de 2% a 4% dos tipos de tumores pediátricos.
Osteogênese imperfeita
– Aqueles acometidos por essa doença, nascem sem colágeno no organismo
ou sem a capacidade de sintetizar essa proteína. Como esse é um elemento
importante para seu fortalecimento, os ossos acabam se tornando
quebradiços.
Quais são os sintomas do Osteossarcoma?
Dor e inchaço:
Os primeiros sintomas do osteossarcoma são dor e inchaço no local
acometido pelo tumor, geralmente, podendo apresentar uma piora no
período noturno. No exame físico, o médico pode perceber aumento do
volume local, calor local, dor e limitação na movimentação da
articulação comprometida.
Trumatismo não-relacionado:
É muito comum o paciente querer associar a dor a um trauma recente, mas
muitas vezes não há nenhum tipo de traumatismo ou lesão relacionada com
algum esporte.
Como é realizado o diagnóstico?
É
muito comum os pacientes já apresentarem o tumor em estágio avançado
quando o diagnóstico é feito, o que dificulta o tratamento. Para o
diagnóstico, além do histórico do paciente e do exame físico, o médico
precisa de exames de imagem como: tomografia do tórax para procurar
metástase pulmonar e cintilografia óssea para pesquisar metástases
ósseas. Outro exame que costuma ser feito é a ressonância magnética do
tumor primário para uma avaliação da extensão do tumor dentro da medula e
dos tecidos moles que rodeiam o osso.
Como é realizado o tratamento de um Osteossarcoma?
Como
as metástases costumam se espalhar, geralmente, para pulmões e outros
ossos e geram alguns sintomas desde a fase inicial do tumor, o
diagnóstico precoce é sempre muito importante para a escolha do
tratamento mais adequado e para o prognóstico. Um forte fator
prognóstico é o tipo de tratamento utilizado e a equipe que administra
esse tratamento, sabendo-se que os centros de referência para este tipo
de tumor com equipe multidisciplinar treinada e coesa, que tratam muitos
casos por ano têm melhores condições de alcançar sucesso no tratamento.
A
cirurgia oncológica ortopédica de ressecção em conjunto com a
quimioterapia (adjuvante) é o principal tratamento, sendo uma opção que
evita a amputação na maioria dos pacientes com esse tumor. Ao contrário
de outros tumores, a radioterapia não tem valor no tratamento destes
tumores. O diagnóstico precoce ainda é o maior trunfo para a cura e
preservação dos membros afetados.
Quimioterapia para Osteossarcoma
A
lista de fármacos empregados contra o osteossarcoma é muito restrita.
Atualmente, methotrexate em altas doses, doxorrubicina, cisplatina e
ifosfamida são consideradas as drogas mais ativas.
1a. Quimioterapia pré-operatória
A
finalidade da quimioterapia antes da operação é facilitar a cirurgia
com margens adequadas, aumentar as taxas de preservação de membros,
proporcionar amputações mais econômicas com menor risco de recidivas
locais e, desta forma, oferecer melhores próteses externas com melhor
qualidade funcional. Entre outras vantagens, também é possível citar o
tratamento precoce de micro-metástases e diminuir as metástases
sistêmicas enquanto aguarda o momento da cirurgia. É uma oportunidade de
avaliar a necrose do tumor, identificando os grupos de risco.
1b. Quimioterapia pós-operatória
As
respostas em relações à quimioterapia pré-operatória e a cirurgia são
essenciais para poder traçar qual será o prognóstico para a
quimioterapia pós-operatória. Em casos de baixa resposta ao tratamentos
anteriores, é comprovado que a terapia pós-operatória de resgate não
melhora o prognóstico.
Experiência do Grupo Brasileiro de Tratamento do Osteossarcoma (GBTO)
O
Grupo Brasileiro para Tratamento de Osteossarcoma 2000 (Osteo 2000) foi
aberto em maio de 2000 e encerrada a inclusão de pacientes em dezembro
de 2005, registrando 368 pacientes de 25 instituições. Em 2006
iniciou-se o novo protocolo (agora Latino Americano) que preconiza o uso
de Methotrexate altas doses, associado com Cisplatina e Doxorrubicina,
associado com protetor cardíaco.
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