O que é câncer de bexiga?
A bexiga possui uma camada que “forra” o órgão por dentro, que
chamamos de urotélio. O urotélio está em contato com a urina que se
acumula na bexiga para ser expelida. Portanto, as células que formam
esse urotélio estão expostas a todas as substâncias que o corpo elimina
através da urina, como consequência do metabolismo daquilo que se coloca
para dentro do corpo através da alimentação e do ar que se respira. O
câncer da bexiga é uma consequência da transformação do urotélio, que
passa a se proliferar de forma anormal e ganha a capacidade de invadir o
órgão e até, em alguns casos, circular pelo corpo e produzir tumores em
outras partes do corpo (chamado de metástase).
Quais são os fatores de risco?
O principal fator de risco para o câncer de bexiga é o uso de
cigarro. O ato de fumar aumenta em três vezes o risco de desenvolver o
câncer da bexiga comparado com aqueles que não fumam. Outros fatores de
risco são a exposição a produtos químicos principalmente para aqueles
que trabalham inalando esses produtos; a idade, já que o risco é maior
nas pessoas mais velhas e também o gênero, já que os homens são muito
mais acometidos que as mulheres. Pessoas que têm inflamação crônica na
bexiga também tem um risco maior de desenvolver o câncer. Isso ocorre,
por exemplo, naqueles que usam sondas vesicais por muito tempo.
Quais são os sinais e sintomas?
O principal sinal relacionado ao câncer da bexiga é o sangramento na
urina. O sangue “vivo” na urina deve ser investigado, mesmo que ele pare
espontaneamente. Nem todo mundo que sangra na urina tem câncer de
bexiga, mas é necessário descartar essa hipótese caso esse sinal ocorra.
Alguns casos podem ter dor ou ardência ao urinar e urgência para
urinar.
Como prevenir este tipo de câncer?
A melhor maneira de prevenir este tipo de câncer é evitar a exposição
aos fatores de risco para a doença. Não consumir tabaco e usar os
equipamentos de proteção individual (para quem trabalha diariamente com
produtos químicos).
Como é o tratamento?
O tratamento depende do quanto à doença penetrou na bexiga e se há
metástase ou não. Quando a doença está apenas no órgão e não afeta o
músculo da bexiga, o tratamento é feito com a “raspagem” da lesão
através de um endoscópio colocado pela uretra (o canal por onde sai a
urina), muitas vezes seguido da aplicação de uma substância para ativar a
imunidade local. Quando a doença está só na bexiga, mas já invade o
músculo da bexiga, pode ser necessário retirá-la por meio de uma
cirurgia, ou então pode-se combinar a quimioterapia e a radioterapia
para se evitar a cirurgia. Entretanto, quando a doença já tem metástase,
a cura não é mais possível e o objetivo do tratamento passa a ser frear
o avanço da doença através do uso de quimioterapia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário