O esôfago é um tubo oco que conduz alimentos e
líquidos da garganta para o estômago por meio de contrações
involuntárias. O câncer é caracterizado pelo desenvolvimento de células
malignas no revestimento interno do órgão, podendo atingir outras
camadas e até externamente a ele, especialmente os gânglios linfáticos
das imediações. A doença é assintomática inicialmente e, quando há
dificuldade de engolir, geralmente já está em estágio avançado.
O que é o câncer de esôfago?
O esôfago é um órgão tubular que leva o alimento da boca ao estômago.
O câncer de esôfago pode ter duas linhagens, adenocarcinoma ou
carcinoma espino-celular (CEC). O primeiro geralmente fica no terço mais
inferior do esôfago e o CEC nos terços médio e superior. Todos dois
iniciam com acometimento local, proliferando para o interior do esôfago,
invadindo órgãos ao redor, disseminando para gânglios linfáticos ao
redor da lesão ou se disseminando para outros órgãos a distância
(chamado de metástase).
Quais são os fatores de risco?
Os principais fatores de risco são o tabagismo (fumo) e o etilismo
(ingesta de bebidas alcoólicas). A exposição prologada a estes agentes
está fortemente relacionada ao tipo CEC e também a ingestão de produtos
cáusticos (soda cáustica por exemplo). Para o tipo adenocarcinoma, a
obesidade e o refluxo gastro-esofágico crônico com alteração do tecido
do esôfago inferior são os principais fatores de risco.
Quais são os sinais e sintomas?
Os sintomas mais frequentes são disfagia (que significa dificuldade
para deglutição) e odinofagia (dor ao deglutir). Em geral estes sintomas
são progressivos começando com alimentos sólidos e podem chegar até a
dificuldade e dor para deglutição de líquidos. Isto acarreta a
significativa perda de peso por dificuldade em se alimentar, podendo
levar até mesmo a desnutrição.
Como prevenir este tipo de câncer?
Estes são cânceres relacionados a hábitos de vida. Sendo assim, a
melhor maneira de evitá-los é com hábitos de vida saudáveis evitando
fumo e ingestão de bebidas alcoólicas. Além disso, a obesidade tem que
ser evitada não só pelo risco de surgimento do câncer de esôfago, mas
também pelos demais problemas de saúde que podem ser decorrentes da
obesidade que dificultariam o tratamento (por exemplo, hipertensão
arterial e diabetes).
Não há uma justificativa para realização de
endoscopia em pacientes assintomáticos na população, entretanto a sua
realização em pacientes com doença do refluxo gastro-esofágico pode ser
importante para detecção de tumores iniciais ou mesmo lesões
pré-malignas.
Como é tratamento?
Para o câncer de esôfago, tanto a cirurgia quanto a radioterapia e
quimioterapia podem propiciar um tratamento com intenção curativa. A
decisão por um ou por outro tratamento vai depender do tipo de tumor e
do estado geral de saúde do paciente, se ele suporta uma cirurgia de
grande porte (esofagectomia, que é a retirada do esôfago) ou não. Além
disto, muitas vezes faz-se necessário a realização de radioterapia e
quimioterapia antes da cirurgia para melhor controle local e permitindo a
retirada cirúrgica da lesão.
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